A sinédoque é uma figura da linguagem que se caracteriza pela substituição de um termo por outro, cuja forma mais comum consiste em tomar a parte pelo todo e o todo pela parte. 

Neste solo revisito e faço co-habitar seis peças coreográficas que interpretei e criei em colaboração com a Maria Lemos, a Elizabete Francisca, o Filipe Pereira e a Sara Anjo, entre 2009 e 2020. Condensar este período temporal e estas coreografias, transitar do palco para o espaço da galeria e transformar duetos numa experiência a solo é certamente um exercício desafiante. Contudo, hoje, sinto que esta história, que é também um ecossistema, precisa de se manifestar. Oiço esta nova composição que se forma a pedir-me para assumir a grande vida e a pequena morte que esta arte me dá.

Teresa Silva

Criação e interpretação: Teresa Silva 

Coreografia: Teresa Silva a partir de material coreográfico das peças “Um Espanto não se Espera” e “Leva a mão que eu levo o braço” co-criadas com Elizabete Francisca; “O que fica do que passa” e “Nova Criação” co-criadas com Filipe Pereira; “A vida enorme/La vie en or” co-criada com Maria Lemos e “Oráculo” co-criada com Sara Anjo

Assistência artística: David Marques

Música: “Bang bang” de Nancy Sinatra; excerto de ""Prélude à l’après-midi d’un faune” de Claude Debussy; “Upper Spiral” de Rui Dâmaso; excerto de “Heroes” de David Bowie e excerto de “Inquietação” de José Mário Branco

Figurinos: António Mv, Teresa Silva, Elizabete Francisca, Filipe Pereira, Maria Lemos e Sara Anjo 

Apoio de estúdio: Brotéria, Forum Dança, O Rumo do Fumo, Estúdios Victor Córdon e Paróquia da Encarnação

Fotografias promocionais: Teresa Silva a partir de fotografias de Bruno Simão, Cláudia Mateus, DR, Joana Linda e Joana Patita

Fotografias da performance: Joana Linda

Agradecimentos: Elizabete Francisca, Filipe Pereira, Maria Lemos, Sara Anjo, António Mv, Rui Dâmaso, Eva Oddo, Vítor Alves Brotas, Janine Lages, Diogo Costa, Andrea Rodella e equipas da Brotéria e da Paróquia da Encarnação

Duração 1h

Faixa etária maiores de 6