SESSÃO DE CINEMA

O MUNDO A SEUS PÉS

Um Filme Falado: Os Temas de Oliveira

Com Marta Mateus (cineasta) e Pedro Santos Guerreiro (jornalista) e moderação de Anabela Mota Ribeiro

Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira
07 SET 2024 | 17:00

O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.

Bilhete: 3€
Desconto de 50% para Amigos de Serralves, jovens até aos 18 anos, estudantes e maiores de 65 anos.

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0709 FilmeTemasOliveira.O MUNDO A SEUS PÉS
Fotograma de "O Mundo a Seus Pés" (1941), Orson Welles

Sexta sessão do ciclo de cinema e conversas Um Filme Falado: Os Temas de Oliveira, com concepção e moderação de Anabela Mota Ribeiro. Este ciclo, dedicado a vários núcleos temáticos presentes na obra de Manoel de Oliveira, prossegue com o tema Origem, com a projeção do filme O Mundo a Seus Pés (1941) de Orson Welles, e será seguida por uma conversa com a cineasta Marta Mateus e o jornalista Pedro Santos Guerreiro, com moderação de Anabela Mota Ribeiro.



ORIGEM

7 SET | SÁB | 17h00

CITIZEN KANE | O MUNDO A SEUS PÉS

Orson Welles | USA | 1941 | 119’

Convidados: Marta Mateus (cineasta) e Pedro Santos Guerreiro (jornalista)



Já praticamente tudo se escreveu sobre a longa-metragem de estreia de Orson Welles. Apesar de reincidir no tema muitas vezes tratado da ascensão e queda, O Mundo a Seus Pés é inovador em quase todos os aspetos: da estrutura narrativa à profundidade de campo, do tratamento do espaço à complexidade psicológica das personagens. O Mundo a Seus Pés faz retrospetivamente o retrato do protagonista Charles Foster Kane, logo após a sua morte. Tendo nascido numa família modesta, Kane ascendera ao estrelato como magnata da imprensa. A revisão do seu passado, desenvolvida através dos diferentes (e nem sempre convergentes) pontos de vista daqueles que o conheceram – entre os quais se contam o seu antigo sócio e confidente (Jedediah) ou a sua segunda mulher (Susan Kane) – é, por isso, contraditória e, por vezes, ambígua. Todos eles procuram, no entanto, responder à mesma pergunta: quem foi Kane? E o que significará “Rosebud”, a misteriosa palavra que o próprio murmurou antes de morrer? O tema da origem (também no que respeita às razões que originam os comportamentos monstruosos dos protagonistas do filme) foi, de resto, longamente explorado por Welles, desde as identidades falsas em O Estrangeiro (1946) até à problematização da “autenticidade” em F de Fraude (1973).

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Anabela Mota Ribeiro nasceu em 1971 em Trás os Montes. Vive e trabalha em Lisboa. Fez licenciatura e mestrado em Filosofia na Universidade Nova de Lisboa. No doutoramento, que frequenta, prossegue o estudo do escritor brasileiro Machado de Assis. Foi visiting research fellow da Brown University em 2019. Publicou os livros “O Sonho de um Curioso” (2003), com 14 entrevistas, "Este Ser e não Ser - Cinco Conversas com Maria de Sousa" (2016), "Paula Rego por Paula Rego" (2016), "A Flor Amarela - Ímpeto e Melancolia em Machado de Assis" (2017), "Por Saramago" (2018) e "Os Filhos da Madrugada" (2021 e 2022). Jornalista freelance, colaborou com diversos jornais e revistas. É autora e apresentadora de programas de televisão. Os mais recentes: Curso de Cultura Geral (2017 e 2018, RTP2), e Os Filhos da Madrugada (2021 e 2022, RTP3). Enquanto programadora cultural, colabora com instituições de referência. Entre outros projectos, assinou, com José Eduardo Agualusa, a curadoria da Feira do Livro do Porto em 2017, 2018 e 2020. É membro do Conselho Geral da Universidade de Coimbra. Desde 2013 disponibiliza o seu arquivo no site www.anabelamotaribeiro.pt. Gosta de cinema desde sempre. 

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