Performance

A AUDIÇÃO VIBRATÓRIA

A AUDIÇÃO VIBRATÓRIA

de Gil Delindro

Auditório do Museu
09 MAR 2025 | 18:00

Bilhete: 7,50€

Estudante/Jovem, maiores de 65 e Amigos de Serralves: 3,75€


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0803 Performance A AUDIÇÃO VIBRATÓRIA

A Audição Vibratória

Direção artística - Gil Delindro
Performance - Gil Delindro, Beatriz Romano e Inês Barbosa



“A audição vibratória é resultado de uma aprendizagem executada pelo cérebro do indivíduo quando este não recebe estímulos auditivos. As vibrações provocadas por sons, são assim, comuns a ouvintes e surdos, embora os ouvintes negligenciem a vibração por priorizarem a sensação auditiva.”, (Jones, 2015)

O som é um fenómeno físico que se manifesta espacial e materialmente de várias formas. Nesta medida, a nossa experiência do som através do toque, sensibilidade corporal ou mesmo visual podem e devem ser levadas em conta. Integrado na exposição “A Audição Vibratória”, o artista Gil Delindro apresenta um concerto assente num processo de composição alternativo, desenvolvido em residência artística e com a participação das artistas Beatriz Romano e Inês Barbosa, uma colaboração inédita em que a composição sonora recorre à vibração / pressão acústica induzida no corpo. Beatriz Romano faz parte do Freqsix, um coletivo de músicos com perda auditiva com foco na música eletrónica. Esta colaboração é uma celebração da hipersensibilidade com que as pessoas surdas conseguem percecionar vibrações sonoras de forma física, em consonância com os princípios que fundamentam a exposição de Delindro patente na Casa de Serralves. 

A comunidade global de jovens surdos tem vindo a demonstrar um crescente entusiasmo pela música eletrónica, nomeadamente pelas várias vertentes de música de dança como o techno e o house. Mesmo em casos de perda de audição total, a razão que leva várias pessoas a procurar este tipo de música, é a predominância de frequências baixas ( graves e subgraves ). Estes tipos de frequências produzem uma maior pressão acústica, e, portanto, conseguem gerar uma ressonância física no nosso corpo mais expressiva. Todos os materiais possuem uma resposta acústica diferente, o que explica a diversidade percetiva quando sentimos o som através do tato e do corpo ou observamos a sua ação através da visão. Só depois de conseguirmos perceber a música no âmbito da totalidade do fenómeno sonoro, é que conseguimos criar uma perspetiva multissensorial, que permite a inclusão.

O concerto é criado com vista a expandir a nossa sensibilidade à vibração enquanto forma de perceção sonora e procura esta dimensão através de um trabalho cuidado com frequências graves e mesmo infrasons, mas também através do uso de tecnologias que permitem induzir essas frequências diretamente no corpo. 

 

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Gil Delindro (1989, Porto) É um artista Sonoro e Visual com amplo reconhecimento internacional.  Estudou arquitetura na FAUP e é licenciado em Arte Media pela FBAUP, tendo terminado o curso na Hochschule für Bildende Künste, Alemanha.    O seu processo de trabalho tem por base a pesquisa intensiva de campo: destacam-se: o deserto do Sahara (The Weight of Mountains, 2015), Floresta tropical Brazil (Resiliência, 2017), norte rural do Vietnam (Blind Signal, 2019), glaciar do Rhone (La Becque 2019), Vulcões de Auvergne (Intramuros 2020), Northumberland National Park (VARC 2022).   Recebeu prémios e mecenato de instituições como:  EPO ( European Patent Office), EMAP (European Media Art Platform), EDIGMA (prémio media art, PT),  Berlin Masters Award (DE), ENCAC (Rede Europeia de Criação Audiovisual), Fundação Calouste Gulbenkian (PT), Berlin Senate for Kultur &  Europa (DE), Goethe Institute (DE), OSTRALE (DE), STEIM foundation (NL), Ford Foundation (Resiliência, Brasil), Fundação Françoise Siegfried Meier (La Becque, Suíça), EOFA (Embassy of Foreign Artists, Suíça), VARC (Visual Arts in Rural Communities, UK), Teatro Municipal do Porto, (Reclamar Tempo, PT), SHUTTLE (PT), entre outros. Foi artista convidado para o BioArt & Design award de 2017, no MU Art Center, Holanda, sendo finalista na edição de 2018 do prémio.  A sua obra encontra-se representada em coleções privadas e públicas, e já apresentou trabalho na América do Norte e Sul, Ásia e Europa. Destacam-se as exposições: Resilience - Burned Cork (Museu de Serralves, Porto); Constructing Memory (Cluster, Winnipeg); A Grain Within this Cloud of Dust (Gallery Turm, Berlim); Permafrost (Laboral, Gijon); Un measurements (Ars Eletrónica, Linz); Perennial Earth (Goethe Institute, Vietnam); Harbour (Living Art Lab, Amsterdão); e To Bough and to Bend (Bridge Projects, Los Angeles).  Em 2016 foi selecionado pela plataforma SHAPE, como um dos artistas sonoros mais inovadores da Europa, sendo programado por festivais de referência como MusikProtokoll (AU), Novas Frequências (BR), CynetArt (DE) Athens Digital Arts Fest (GR), ARS Eletronica(AU), Submerge festival (UK), Semibreve (PT), Lisboa Soa (PT).   É co-fundador da Rural Vivo, uma associação interdisciplinar dedicada a atividades ecológicas, educativas e culturais na Reserva Natural do Gerês classificada pela UNESCO, cujo principal objetivo é combater a perda de oportunidades culturais nas aldeias rurais do Norte de Portugal e a inovação na preservação ecológica da região.   Tem trabalho publicado em disco pela Tzadik (Nova Iorque), Sonoscopia (Porto) e Ausland (Berlim), entre outros.

www.delindro.com


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