SESSÃO DE CINEMA

AURORA

UM FILME FALADO: OLIVEIRA E A HISTÓRIA DO CINEMA

Com José Gardeazabal (escritor) e Nuno M. Cardoso (encenador) e moderação de Anabela Mota Ribeiro

Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira
08 MAR 2025 | 17:00

Bilhete: 3€

Desconto de 50% para Amigos de Serralves, jovens até aos 18 anos, estudantes e maiores de 65 anos.

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0803 SUNRISE: A SONG OF TWO HUMANS

Sessão inaugural do novo Ciclo de Cinema e Conversas Um Filme Falado: Oliveira e a História do Cinema, com conceção e moderação de Anabela Mota Ribeiro. Este ciclo, dedicado à relação de vários momentos e tendências significativas da história do cinema com a obra de Manoel de Oliveira, arranca com o tema Mudo, com a projeção do filme Aurora (1927) de F.W. Murnau. Após a projeção, terá lugar uma conversa com o escritor José Gardeazabal e o encenador Nuno M. Cardoso, com moderação de Anabela Mota Ribeiro.


FILME MUDO

SUNRISE: A SONG OF TWO HUMANS | AURORA

F.W. Murnau | USA | 1927 | 95'

Realizado no período áureo do cinema mudo, Aurora é um dos mais celebrados filmes do alemão F.W. Murnau. Reconhecido pelo seu cinema expressionista na República de Weimar, pôde dispor de todo o arsenal tecnológico e de produção dos estúdios da Fox - cortesia de uma carta branca que William Fox, o seu fundador, lhe concedera. O enredo efabulatório e simples diz respeito à vida de um casal humilde que sofre uma séria ameaça quando o homem é seduzido por uma mulher de uma classe social superior. Não obstante a natureza melodramática da sua narrativa, a mise-en-scène de Aurora combina a espetacularidade técnica expressionista com uma sensibilidade mais subtil e naturalista. Na primeira edição dos Óscares, em 1929, Aurora arrecadou o Óscar de Melhor Filme (com a designação "Melhor Produção de Qualidade Artística"), bem como o de Melhor Atriz para Janet Gaynor, e de Melhor Fotografia. Aurora foi igualmente um filme marcante para Manoel de Oliveira, que o viu repetidamente aquando da sua estreia no Porto, tendo inclusivamente feito o levantamento da sua planificação, exercício que lhe permitiria compreender em profundidade a estrutura deste filme intemporal, “sem idade, sem tempo nem lugar definidos” (Manoel de Oliveira em entrevista a Jacques Parsi e Antoine de Baecque, Conversas com Manoel de Oliveira, p. 138).

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José Gardeazabal é um escritor português, autor de uma obra que atravessa o romance, a poesia, o teatro e a prosa curta, além da literatura infantil. Os seus história do século vinte e Penélope Está de Partida foram distinguidos com o Prémio INCM/Vasco Graça Moura e o Prémio SPA para o Melhor Livro de Poesia, respetivamente. Publicou sete romances, incluindo A Melhor Máquina Viva, A Mãe e o Crocodilo e Origami, tendo sido finalista dos prémios Oceanos, por três vezes, Correntes D´Escritas, por duas vezes, prémio literário Fernando Namora, prémio literário Ferreira de Castro e Prémio SPA para o melhor romance. Publicou teatro, três peças reunidas em Trilogia do Olhar, e em breve a peça As Leituras Portuguesas de Robinson Crusoe. José Tolentino de Mendonça, júri do prémio INCM/Vasco Graça Moura, classificou a sua obra como “um exercício invulgar, notável e vertiginoso, que conduz a literatura para um lugar novo”, e Miguel Real apontou como o seu A Melhor Máquina Viva “mereceria integrar as antologias dos melhores textos da literatura portuguesa de todos os tempos”.

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