VISITA ORIENTADA À EXPOSIÇÃO
Miguel Marquês: Walking thru the sleepy city
Com Soraya Vasconcelos, fotógrafa e professora de fotografia na Universidade Lusófona
Bilhete Visita Orientada
Adulto residente em Portugal: 12€
Adulto não residente em Portugal: 15€
Entrada gratuita para crianças até aos 12 anos;
Desconto de 50% para Amigos de Serralves, jovens até aos 18 anos e maiores de 65 anos
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Miguel Marquês, vencedor da última edição do prémio novo banco Revelação, apresenta no Museu de Serralves uma exposição monográfica composta exclusivamente por fotografias realizadas em Chisinau, capital da Moldávia. Isto é o mesmo que dizer que a “cidade sonolenta” anunciada pelo título é a protagonista da mostra, na qual o fotógrafo se perdeu na procura de um desaparecido (Miguel viajou em busca de Valentim, um emigrante que conhecera meses antes em Lisboa) e da qual apresenta um retrato muito pessoal, afastado quer da documentação etnográfica quer do postal turístico.
Esta visita – guiada por Soraya Vasconcelos, fotógrafa e professora de fotografia na Universidade Lusófona, em Lisboa – focar-se-á em determinados aspetos da prática de Miguel Marquês, e de este projeto em particular: a sua relação com a problemática da dádiva (Marquês estabelece com os seus modelos uma relação anti-hierárquica, que passa muitas vezes pela troca de papéis entre fotógrafo e fotografado) e a velha questão da associação entre a fotografia e a deriva (na raiz de muitos projetos de Marquês estão passeios e viagens em que se permite perder-se e ter encontros fortuitos).
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Soraya Vasconcelos (n.1977) artista, docente nos cursos de Fotografia da U.Lusófona/Lisboa, investigadora do CICANT. Formada em Pintura (2002, FBAUL), estudou também Fotografia (ETIC, UABarcelona, PGCCA) e Filosofia (UNOVA) e doutorou-se na área das Artes Visuais (2014, UAlg). Foi investigadora do ICNOVA (2019-22) para o projeto Photo Impulse, centrado numa abordagem decolonial da cultura visual e especificidades políticas e comunicativas de material fotográfico produzido em contexto colonial. Foi co-curadora da exposição O Impulso Fotográfico: (des)arrumar o Arquivo Colonial, Museu de História Natural e da Ciência (Dez.22–Dez.24). O seu trabalho diversifica-se pela prática da fotografia, desenho e publicações, interessando-se por diversos formatos ligados à narrativa visual, incluindo fotolivros, fotonovelas, flipbooks, zines. Em 2005 participou no Curso de Fotografia do Programa Gulbenkian Criação e Criatividade Artística, do qual surgiu o coletivo de fotógrafos DOZE, com quem desenvolveu trabalho na área da fotografia e edição. Em 2017 propôs e coordenou, em conjunto com Susana Gaudêncio o projeto coletivo e interdisciplinar Estação Vernadsky (Sines e Lisboa), que inclui residência artística, exposições, um website e um livro. Em 2018 integra o programa curatorial da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, a cargo de Sandra Vieira Jurgens. Colaborou com a revista Propeller, projeto editorial da Hélice – coletivo de fotógrafos; com o coletivo PIZZ BUIN, na produção do livro Calhamaço, Stolen Books 2022.