SESSÃO DE CINEMA

SESSÃO DE CINEMA: A CAÇA | OS VERDES ANOS

DOMINGOS NA CASA DO CINEMA: MANOEL DE OLIVEIRA E O CINEMA PORTUGUÊS 1

com apresentação de João Mário Grilo, realizador e professor de cinema

Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira
18 JUN 2023 | 18H00

Todos os filmes serão apresentados na sua língua original.

Por motivos de força maior o programa poderá ser alterado.



Acesso

Bilhete (1 sessão): 3€

Estudante/Jovem, Maiores de 65 e Amigos de Serralves: 1,5€

O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.

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18 jun Caça Verdes Anos
A Caça (1964), Manoel de Oliveira

18 JUN | DOM | 18:00

A CAÇA

Manoel de Oliveira | 1964 | 21’

OS VERDES ANOS
Paulo Rocha | 1963 | Paulo Rocha | 91’


Com a apresentação de João Mário Grilo, realizador e professor de cinema

A Caça é uma curta metragem rodada na ria de Aveiro e realizada por Manoel de Oliveira no encalço de Acto da Primavera, aproveitando parte do financiamento e da equipa de filmagem deste último filme. Dois rapazes, que resolveram sair para caçar sem espingardas, passeiam nos pântanos da ria, até que um deles é engolido pelas areias movediças. O outro, aflito, corre em busca de auxílio, trazendo atrás de si uma cadeia humana que tenta salvar a vítima. Há, entre estes homens, um primeiro esforço de solidariedade, mas a verdade é que não se conseguem entender. Atenta a todos os pormenores (e ao que estes poderiam significar), a censura obrigou à alteração do final do filme, por o considerar “demasiado pessimista”. Em 1988, o realizador remontou A Caça e repôs a sua versão original, preservando, no entanto, também – com um intuito de exemplaridade pedagógica – o final que lhe havia sido imposto. Igualmente baseado numa história verídica, recolhida de um recorte de jornal, Os Verdes Anos é o filme mais emblemático do Novo Cinema português e é realizado por Paulo Rocha, realizador do Porto e aquele que, ao longo de décadas de convivência, manteve com Manoel de Oliveira uma relação mais próxima – depois de ter participado na produção de Acto da Primavera, selecionando as imagens de atualidades que surgem na sequência final. Os Verdes Anos conta a história de Júlio, aprendiz de sapateiro, e de Ilda, empregada doméstica, dois migrantes que se encontram nas Avenidas Novas, em Lisboa. À semelhança de A Caça, também o filme de Paulo Rocha teve alguns cortes de censura (repostos na nova cópia).


Sessão incluída no ciclo Domingos na Casa do Cinema: Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1, paralelo à exposição Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1. A Bem da Nação (1929-1969) patente na Casa do Cinema Manoel de Oliveira.

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João Mário Grilo
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João Mário Grilo

João Mário Grilo (Figueira da Foz, 1958) é Professor Catedrático na NOVA FCSH, onde fez o seu mestrado e doutoramento (Ciências da Comunicação/Cinema). Dá aulas de Realização de Cinema (seminário) e é coordenador dos Doutoramentos em Estudos Artísticos e em Digital Media e do Mestrado em Cinema/Televisão. Publicou inúmeros artigos sobre cinema e arte contemporânea em Portugal e no estrangeiro (em particular, na revista Traffic). É autor de vários livros, entre eles A ordem no cinema: vozes e palavras de ordem no estabelecimento do cinema em Hollywood (1997), As Lições do Cinema. Manual de Filmologia (2006), O Cinema da Não-Ilusão (2006), O Homem Imaginado (2006). Como realizador, fez o primeiro filme, Maria, em 1978, ao qual se seguiram títulos como A Estrangeira (1982), O Processo do Rei (1989), O Fim do Mundo (1993), Os Olhos da Ásia (1996) ou Duas Mulheres (2010). Em 1982 recebeu o prémio Georges Sadoul, em 1999 o prémio Especial do Júri no Rio de Janeiro, o prémio do público e do júri em Biarritz, o prémio PROCIREP em Cannes, o prémio de melhor documentário no festival Indie Lisboa (2012) e, no Porto, em 2012, o prémio Paz dos Reis pela sua carreira. Já foram apresentadas retrospetivas do seu trabalho cinematográfico no Festival de Cinema de La Rochelle, no Festival da Figueira da Foz e uma retrospetiva integral no LEFFEST.


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