SESSÃO DE CINEMA: SEVER DO VOUGA | VILARINHO DAS FURNAS
DOMINGOS NA CASA DO CINEMA: MANOEL DE OLIVEIRA E O CINEMA PORTUGUÊS 1
com apresentação de Ricardo Vieira Lisboa, crítico e programador de cinema
Todos os filmes serão apresentados na sua língua original.
Por motivos de força maior o programa poderá ser alterado.
O filme Vilarinho das Furnas é apresentado em nova cópia digital com apoio do projeto FILMar, operacionalizado pela Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, no âmbito do programa EEAGrants 2020-2024.
Acesso
Bilhete (1 sessão): 3€
Estudante/Jovem, Maiores de 65 e Amigos de Serralves: 1,5€
O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.
Comprar Bilhete
28 MAI | DOM | 18:00
SEVER DO VOUGA – UMA EXPERIÊNCIA
Paulo Rocha | 1971 | 29’
VILARINHO DAS FURNAS
António Campos | 1971 | 77’
Com apresentação de Ricardo Vieira Lisboa, crítico e programador de cinema
Em Sever do Vouga, realizado com o patrocínio da Shell Portuguesa e com base na dita “Experiência Shell”, financiada pela companhia dinamarquesa desde 1958 com vista a melhorar e atualizar as condições e métodos da produção agrícola em Server do Vouga, o filme-encomenda de Paulo Rocha (que sempre teve dificuldade em considerá-lo como seu) contou com a supervisão creditada de Manoel de Oliveira, a música de Fernando Lopes-Graça e a narração de Alexandre O’Neill. Este pequeno filme onde se sublinham os problemas agrícolas resultantes da má qualidade das alfaias e das sementes e onde se propõe como solução a mecanização e a criação de uma cooperativa, surge em contraponto com a primeira longa metragem de António Campos, Vilarinho das Furnas, filme-denúncia sobre a destruição da aldeia homónima, no Minho, em consequência da construção de uma barragem com a qual se pretendia otimizar os sistemas seculares de regadio. Título seminal do cinema etnográfico português, Vilarinho parte da investigação antropológica de Jorge Dias, “Vilarinho das Furnas, Aldeia Comunitária” – obra que havia inspirado Manoel de Oliveira a preparar o projeto de um documentário sobre a mesma aldeia em 1968.
Sessão incluída no ciclo Domingos na Casa do Cinema: Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1, paralelo à exposição Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1. A Bem da Nação (1929-1969) patente na Casa do Cinema Manoel de Oliveira.
Relacionado
Ricardo Vieira Lisboa é programador da Casa do Cinema Manoel de Oliveira, desde 2019, e programador do IndieLisboa, desde 2013, tendo-se mestrado em Realização e Dramaturgia (ESTC). É crítico de cinema e cofundador do site À pala de Walsh. Coeditou o livro O Cinema Não Morreu e escreveu o catálogo A Gulbenkian e o Cinema Português II, em 2019, a partir de um ciclo por si programado. Estuda as áreas da história, preservação e restauro do cinema, tendo publicado em múltiplos catálogos, revistas e jornais. Os seus vídeo-ensaios vêm sendo exibidos em festivais nacionais e internacionais.