ARS AD HOC
Apresenta obras de Emmanuel Nunes, Clara Iannotta e Beat Furrer
No primeiro concerto da temporada de 2023/24, o ars ad hoc regressa ao compositor a cuja obra dedicou o seu ano inaugural, Beat Furrer, faz a estreia nacional de um quarteto de cordas da compositora cuja música porá em destaque na presente temporada, Clara Iannotta, e presta homenagem a um dos maiores vultos de toda a história da música portuguesa, Emmanuel Nunes.
O trio de cordas Degrés [1965] é a obra mais antiga do catálogo de Emmanuel Nunes (1941-2012), a primeira a escapar à censura do próprio compositor e também a primeira que o ars ad hoc aborda do mais internacional dos compositores portugueses. dead wasps in the jam-jar (iii) [2017-18], para quarteto de cordas e ondas sinusoidais, é uma das várias obras em que a italiana Clara Iannotta (1983) alude ao universo da jornalista e poetisa irlandesa Dorothy Molloy. Decorridos quase cinco desde que interpretou publicamente a obra para piano e quarteto de cordas de Beat Furrer (1954), o agrupamento de câmara da Arte no Tempo regressa à partitura de Spur [1998] para redescobrir o universo do compositor suíço-austríaco.
PROGRAMA
Emmanuel Nunes (1941 - 2012)
Degrés [1965] 16’
Clara Iannotta (1983)
dead wasps in the jam-jar (iii) [2017-18] ca 14’
Beat Furrer (1954)
Spur [1998] ca 14’
Matilde Loureiro e Diogo Coelho > violino
Ricardo Gaspar > viola
Gonçalo Lélis > violoncelo
João Casimiro Almeida >piano
Diana Ferreira > programação
Coprodução:
Arte no Tempo
Fundação de Serralves
A Arte no Tempo é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção Geral das Artes.
Apoio:
Direção Geral das Artes - República Portuguesa
Apoio
Coprodução
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ars ad hoc foi criado no contexto da Arte no Tempo como resposta à vontade de fazer música de câmara com os mais elevados padrões de exigência, combinando obras do grande repertório com a mais recente criação musical. O seu primeiro concerto decorreu no Outono de 2018, numa temporada apoiada pela Direção Geral das Artes e o Município de Aveiro. Organizada por temporadas, a programação do ars ad hoc tem tido focos em compositores como Beat Furrer, Luís Antunes Pena, Simon Steen-Andersen, Helmut Lachnemann e Clara Iannota. O ensemble tem realizado encomendas e estreias absolutas de compositores portugueses como João Carlos Pinto, Inés Badalo ou Luís Neto da Costa, e estreias nacionais de compositores como Furrer e Steen-Anderson, mas também de Joanna Bailie, Catherine Lamb ou Kristine Tjøgersen. O ano de 2021 ficou positivamente marcado pelo início da colaboração do ensemble com a Fundação de Serralves, onde passa a desenvolver as suas residências artísticas, encontrando o ambiente adequado ao desenvolvimento de um trabalho sério de preparação e de apresentação do que tem vindo a desenvolver especificamente no campo da música dos nossos dias. Outras colaborações, trazem a público um ars ad hoc com um campo de ação mais abrangente e versátil, combinando a mais recente criação musical com obras incontornáveis do grande repertório clássico e romântico. O desenvolvimento de um trabalho regular na Fundação de Serralves – com programas próprios e outros ligados à programação de Serralves em colaboração com o Serviço de Artes Performativas, como foi o caso do trabalho desenvolvido com Christina Kubisch ou David Behrman, – tem sido um importante contributo para o crescimento artístico do projeto, que continua a levar a grande música a diferentes palcos e a públicos diversos, dando a conhecer o que de melhor se cria nos nossos dias e impulsionando a criação de nova música, em especial junto de compositores mais novos. Apesar de ter já realizado mais de uma dezena de estreias absolutas e outras tantas primeiras audições portuguesas, o ars ad hoc pretende afirmar-se pela qualidade do trabalho que desenvolve, privilegiando a profundidade das suas interpretações em detrimento do número de obras ou compositores tocados, procurando, sempre que possível, desenvolver uma relação de proximidade com os compositores na exploração das obras. Com programação de Diana Ferreira, o ars ad hoc é formado por músicos que, depois de se terem notabilizado em Portugal, complementaram os seus estudos no estrangeiro, como o flautista Ricardo Carvalho (Aveiro, 1999), o clarinetista Horácio Ferreira (Pinheiro de Ázere, 1988), o pianista João Casimiro de Almeida (Cabeceiras de Basto, 1994), os violinistas Diogo Coelho (Porto, 1988), Matilde Loureiro (Lisboa, 1994) e Álvaro Pereira (Guimarães, 1986), os violetistas Ricardo Gaspar (Lisboa, 1991) e Francisco Lourenço (Lisboa, 1997) e o violoncelista Gonçalo Lélis (Aveiro, 1995).