JOÃO FIADEIROWORKSHOP
NO LONGER, NOT YETUma introdução à Composição em Tempo Real de João Fiadeiro
24 NOV | 16:00 – 19:00
25 e 26 NOV | 11:00 – 19:00
ACESSO:
30 euros com os descontos habituais e por inscrição para ser.art.performativas@serralves.pt
O workshop é dirigido a artistas-investigadores com ou sem experiência na Composição em Tempo Real de João Fiadeiro, mas com experiência em outras técnicas de improvisação e composição em dança, performance ou teatro. O workshop será predominantemente prático com momentos de incursão teórica através da partilha de ferramentas-conceito que sustentam esta prática. A língua portuguesa será a língua de referência, com a possibilidade de resumos em Inglês para o caso de haver participantes estrangeiros.
A doação do arquivo REAL ao Museu de Serralves pelo coreógrafo, performer e pensador João Fiadeiro desafia-nos anualmente a ampliar as possibilidades de divulgação e apresentação de uma das mais exemplares coleções de Dança em Portugal, de que o artista é protagonista, consolidando o papel do Museu de Serralves como lugar de memória (também das artes imateriais) e de partilha de conhecimento.
João Fiadeiro foi fundador da Companhia e Atelier RE.AL (1990-2019), uma estrutura artística, formativa e laboratorial que se apoiava numa programação experimental, transdisciplinar e internacional,
Foi neste contexto artístico que Fiadeiro criou, em 1995, a ferramenta de investigação e prática designada por Composição em Tempo Real (CTR), um sistema de composição e improvisação sistematizado e inicialmente partilhado pelos seus colaboradores no processo criativo. Num segundo tempo afirmou-se enquanto instrumento para explorar modalidades de escrita dramatúrgica na área da dança, tendo sido estudado, desenvolvido e utilizado por diversos artistas e investigadores. Desde 2009 tem vido a afirmar-se no território da investigação, alargando assim a sua esfera de interesse e de aplicabilidade para fora das fronteiras da dança e mesmo da arte.
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Imagem: Ana Viotti
João Fiadeiro pertence à geração de coreógrafos que emergiu no final dos anos 80, dando origem à Nova Dança Portuguesa. Enquanto artista, posiciona-se no cruzamento entre performance, dança, artes visuais e teatro. Como investigador, posiciona-se nas intersecções entre prática e teoria, arte e ciência, e vida e arte. Em 1990 fundou a Companhia RE.AL e, entre 2004 e 2019, dirigiu o Atelier RE.AL, espaço icónico de Lisboa, que acolheu artistas emergentes em residência e programou eventos transdisciplinares. No fim da década de 90, deu início à sistematização da Composição em Tempo Real, uma ferramenta teórica-prática de apoio à criação, à decisão e à colaboração, em torno da qual orbita toda a sua atividade enquanto artista e investigador. O arquivo do Atelier RE.AL foi recentemente doado ao Museu de Serralves, no Porto. Em 2024, o Centro Cultural de Belém dedicou-lhe uma retrospectiva intitulada Introspectiva: Restos, Rastros e Traços. É atualmente Artista Investigador Residente do Forum Dança, em Lisboa.