MODOS DE REVER: O CINEMA E O IMAGINÁRIO DO MUSEU

COM PROGRAMAÇÃO E MODERAÇÃO DE ISABEL LOPES GOMES

Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira
12 ABR 2025 - 13 DEZ 2025

Bilhete: 3€
Estudante/Jovem, Maiores de 64 e Amigos de Serralves: 1.5€

1204 MODOS DE REVER: O CINEMA E O IMAGINÁRIO DO MUSEU

Fotograma de "O Dia do Desespero" (1992), Manoel de Oliveira

'"A inocência animal, a beleza das mulheres, a certeza da morte — tudo o que faz da vida humana algo mais do que um fim de semana no inferno está reunido nos museus." — Chris Marker, Immemory, 1998


“Nascemos no museu, é a nossa casa-mãe”, disse Godard a propósito da(s) sua(s) História(s) do Cinema. A afirmação serve de mote para este ciclo, onde convidados de diferentes áreas artísticas virão refletir sobre essa enigmática relação entre cinema e museu a partir de temas como: museu imaginário, memória e passado, intersecção de tempos e narrativas, montagem, reprodutibilidade (original e cópia), conservação, visita guiada, história da arte, exposição, coleção, arquivo. Na expetativa de que, findo este ciclo, se possa traçar um possível mapa do território das relações entre cinema e museu.
Depois de um primeiro momento, dedicado à aproximação direta do cinema ao universo das artes plásticas, este novo ciclo propõe uma antologia das representações do museu no cinema, em diferentes períodos da sua história e até à contemporaneidade. Viagem a Itália de Rossellini, A Mulher Que Viveu Duas Vezes de Hitchcock, Uma visita ao Louvre de Straub e Huillet (não incluídos neste ciclo), Bando à Parte de Godard, ou A Arca Russa de Sokurov, são apenas alguns exemplos de extraordinários filmes em que se produziram representações do museu, inscritas de significações diversas.
Tendo sido pensado para a Casa do Cinema Manoel de Oliveira — onde convergem um museu e uma sala de cinema — este novo ciclo interroga a dimensão museográfica do cinema e a dimensão cinematográfica do museu para colocar, entre outras, a seguinte questão: como é que o cinema e a sua introdução nos espaços de exposição obrigam o próprio museu a repensar-se, a refletir no modo como realiza as suas funções? E, ainda: de que modo o cinema, ao trazer o museu para o grande ecrã e ao imiscuir-se na história da arte, fazendo dela o seu objeto, está a representar-se como uma forma do museu imaginário (Malraux), tal como julgamos que Godard quis mostrar nas suas História(s) do Cinema.

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Isabel Lopes Gomes
Isabel Lopes Gomes
Isabel Lopes Gomes
Isabel Lopes Gomes

Nasceu em 1976. É Doutoranda na Universidade de Coimbra no Colégio das Artes, no Doutoramento em Arte Contemporânea, e membro do CEIS 20 — Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX. Realizou documentários sobre artistas, entre os quais: Arte Vida / Vida Arte - Alberto Carneiro (2013); Spiritual Exercises - Bosco Sodi (2014); Rua José Escada - José Escada (2015) e Pintar a Ideia - Manuel-Casimiro (2018). Em 2024 irá estrear o seu último documentário – Retrato de Ausência - sobre a obra do artista Nikias Skapinakis. Realizou e apresentou diversos magazines culturais exibidos na RTP: ZOOM; Estação das Artes; Documentários sobre a Bienal de Veneza e o Photo Espanha assim como a Série Design PT exibida em 2015 na RTP2. Foi curadora em 2019 da exposição: Da história das imagens (o fotográfico na obra de Manuel Casimiro) apresentada no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva.

 

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