SANAA : Sejima + Nishizawa

Museu
15 NOV 2024 - 27 ABR 2025
1511 SANAA : Sejima + Nishizawa

©Takashi Homma

Os projetos de Inujima e Imabari representam faces distintas do atelier de arquitetura japonês SANAA e das práticas independentes dos seus fundadores, Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, cuja parceria nos últimos 30 anos se celebra por meio desta exposição. 

Pensando a arquitetura sempre a partir do contexto, os estudos tipológicos de SANAA tornam-se formas de aprendizagem, num processo lento através do qual o seu trabalho se relaciona incrementalmente com aqueles que habitarão os projetos. A pesquisa subjacente é a estrutura unificante destes dois casos que, embora fisicamente próximos, denotam contextos políticos e culturais muito diversos.

O projeto de Inujima constitui um compromisso a longo prazo com uma paisagem típica do Japão pós-industrial. No início do século XX, a ilha albergava mais de 4000 pessoas, tendo o encerramento das pedreiras locais conduzido a um despovoamento dramático, do qual restam apenas cerca de 30 famílias na atualidade. Desde a sua génese em 2008, o projeto de Inujima tem sido uma colaboração  contínua entre Kazuyo Sejima, o curador Yuko Hasegawa e a Fundação Fukutake – que, vendo a ilha como um local de acolhimento, pretende que esta permaneça uma entidade viva, aliando atividades artísticas e culturais à sua vida quotidiana, bem como promovendo um ecossistema comunitário, convivial e sustentável. Esta exposição reúne os contributos de Kazuyo Sejima, Ryue Nishizawa e outros que, em conjunto, se dedicam ao estímulo e sustento da paisagem viva e hospitaleira de Inujima.


O projeto de Imabari consiste num edifício de escritórios concebido para a Imabari Shipbuilding Corporation, num estaleiro próximo da ilha de Inujima. A conceção deste ambiente de trabalho mais suave e aberto – resultado de um esforço para atrair operários de estaleiro – permite uma relação mais próxima entre os funcionários ao longo do edifício. O interesse transversal por ligações sobrepostas surge gradualmente ao longo de um período de dois anos, expondo-se aqui o seu desenvolvimento morfológico através de vários estudos e iterações. As múltiplas evoluções de Imabari apresentam-se à semelhança de núcleos celulares, num cenário de pequenos pedestais desenhados pelo atelier, juntamente com outras peças de mobiliário concebidas por Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa. 

Partindo de contextos totalmente distintos, estes projetos resultam de uma prática prolongada no tempo, orientada por uma metodologia de aprendizagem e adaptação contínuas que entende a arquitetura como extensão do ambiente por si moldado.

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