MATÉRIA / AÇÃO — ESCULTURA E VÍDEO DOS ANOS 1960 E 1970
Espaço Corpus Christi, Vila Nova de Gaia
Imagem: Ângelo de Sousa, Sem título, 1968. Col. Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea, Porto. Aquisição em 2002.
Fotografia: Filipe Braga
ANA MENDIETA, ÂNGELO DE SOUSA, ARMANDO ALVES, BRUCE NAUMAN, CHARLOTTE POSENENSKE, HANNAH WILKE, JOAN JONAS, JOÃO MACHADO, YVONNE RAINER E ZULMIRO DE CARVALHO
Inauguração: 25 de outubro às 18:30
As décadas de 1960 e 1970 foram palco de desenvolvimentos determinantes no mundo da arte, marcando o início da era contemporânea. As experiências internacionais deste período vieram revolucionar o campo da escultura, rejeitando a tradição figurativa e simbólica para abraçarem questões intrínsecas à prática escultórica, como a exploração da forma e composição tridimensional e a relação com o contexto envolvente, com o espaço e com o movimento do corpo. Em paralelo, a performance e o vídeo tornam-se meios de eleição pelo seu imediatismo e frontalidade, adaptando-se à postura experimental de vários artistas que procuram novas formas de criação para além da produção de objetos artísticos e que esbatem as fronteiras entre o seu quotidiano, o seu corpo e a sua prática.
A exposição “Matéria / Ação”, reúne um conjunto de esculturas das décadas de 1960 e 1970 que permite reconhecer aspetos centrais às práticas artísticas associadas à escultura abstrata britânica, ao minimalismo norte-americano e, sobretudo, ao pós-minimalismo e à arte processual que marcaram o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970, com profundas consequências para as gerações seguintes. As obras escultóricas são apresentadas em diálogo com trabalhos em vídeo do mesmo período, evidenciando pontos de contacto e interferências entre os dois campos de criação que se desenvolveram, em grande medida, a par e par. A exposição cruza trabalhos de figuras incontornáveis no panorama artístico internacional e obras de importantes artistas portugueses cujas práticas se desenvolveram em total sintonia com as experiências pioneiras que emergiam no contexto internacional.
Esta exposição, com curadoria de Joana Valsassina, integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves que tem por objetivo tornar o acervo da Fundação acessível a públicos diversificados de todas as regiões do país.
Produção: Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto.