PEDRO TUDELA & JORGE PINHEIRO — ECOS, RASTOS, RITMOS

Antigo Edifício dos Paços do Concelho e Paço dos Condes - Castelo, Ourém

Fora de Portas
25 JUL - 20 OUT 2024
PEDRO TUDELA & JORGE PINHEIRO_ourem julho

Imagem: Pedro Tudela, Sem título (da série >e(c(o<), 2019. Col. Fundação de Serralves – Museu de Arte Contemporânea, Porto. Aquisição em 2020. Fotografia: Filipe Braga 

Inauguração: 25 de julho às 17:00


A exposição ecos, rastos, ritmos estabelece um diálogo entre o trabalho de Jorge Pinheiro (Coimbra, 1931) e Pedro Tudela (Viseu, 1962), artistas de diferentes gerações com linguagens plásticas muito distintas que se tocam em pontos-chave. Reunindo pintura, desenho, escultura e instalação sonora, a exposição explora relações de circularidade e reciprocidade, encadeamento e contraste entre as práticas dos dois artistas, revelando como materializam o som e o silêncio enquanto ponto e linha, objeto e conceito, tempo e espaço. 


Concebida propositadamente para dois importantes espaços culturais do município de Ourém — o Paço dos Condes, no Castelo de Ourém, e o antigo edifício dos Paços do Concelho, no centro da cidade, — a exposição apresenta obras de Jorge Pinheiro da década de 1970 em diálogo com trabalhos de Pedro Tudela do final dos anos 1990 até à atualidade. Partindo de estruturas compositivas baseadas em modulações geométricas e sonoras e em notações gráficas e musicais que permeiam a prática dos dois artistas, som e desenho desenvolvem-se a par e par, enquanto formas de ação e comunicação.


Ao longo de uma carreira de mais de cinco décadas, Jorge Pinheiro tem vindo a desenvolver um corpo de trabalho visualmente diverso de notável rigor teórico e formal, onde coexistem a pintura figurativa e a abstração geométrica. A exposição apresenta trabalhos de Pinheiro de índole abstrata que revelam o vocabulário compositivo fundador de toda a sua obra. Sofisticadas composições geométricas e padrões de alto contraste cromático surgem aliados a uma aturada exploração de noções de ritmo e serialidade, cujos desdobramentos formais e conceptuais evidenciam o interesse do artista pela música e pela lógica. 


Iniciando o seu percurso pela pintura na década de 1980, Pedro Tudela tem desenvolvido uma prática multidisciplinar que combina desenho, escultura, fotografia, instalação, som, vídeo, performance e música eletrónica experimental. Apesar das inflexões formais que distinguem diferentes períodos do seu trabalho, a sua prática é marcada por um incessante impulso de ação, uma forte sensibilidade espacial e uma relação franca com o corpo, que surge, ora absolutamente presente, ora subtilmente invocado através de um gesto, de um som, desenho ou objeto.


Esta exposição, com curadoria de Joana Valsassina, integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves que tem por objetivo tornar o acervo da Fundação acessível a públicos diversificados de todas as regiões do país.



Produção: Museu de Arte Contemporânea – Fundação de Serralves.

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