A energia das ondas oceânicas
CONVERSAS COM CIÊNCIA
Um mar de oportunidades e desafios para uma transição sustentável em Portugal
Portugal encontra-se no bom caminho para alcançar a meta de 85% de incorporação de energias renováveis na sua rede elétrica, mas ainda há necessidades a cobrir e fontes a explorar. Curiosamente, aquilo que é percebido como um problema – a erosão devida à intensa agitação marítima ao largo da costa Portuguesa – pode também providenciar uma oportunidade para uma transição energética sustentável. A exposição direta ao Oceano Atlântico faz de Portugal um “hot-spot” de energia das ondas, um sector ainda em maturação, mas com imenso potencial. Esta fonte de energia renovável é abundante e inexplorada, tendo Portugal vários projetos em curso/planeados para aproveitar o recurso existente. Não obstante, existem desafios tecno-económicos, ambientais e legislativos a superar, desde questões inerentes ao armazenamento da energia à sobrevivência em alto mar. Nesta palestra iremos explorar os conceitos inerentes à energia das ondas, compreender melhor o seu contexto e relevância a nível nacional, discutir os desafios e soluções propostas, e debater eventuais aplicações para a energia das ondas, tais como hidrogénio “verde”, aquacultura offshore ou dessalinização da água do mar.
Investigador: Daniel Clemente
Parceria científica
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Daniel Clemente é um Investigador Pós-Doutorado associado à Universidade do Porto e ao CIIMAR, formado em Engenharia Civil - Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente. Desde o seu Mestrado, tem vindo a desenvolver tecnologias de energia renovável marinha ao trabalhar em estudos e projetos internacionais, de cariz computacional e experimental, relacionados com conversores de energias das ondas. Também estuda as suas potenciais aplicações e sinergias com outros sistemas e domínios, como a aquacultura offshore, nanogeradores triboeléctricos, dessalinização, hidrogénio “verde” e proteção costeira. Trabalha atualmente no projeto HYDEA, é Vice-Presidente da IAHR YPN Portugal e membro da INORE e da EMB-ECOP network.