CRIANÇAS NA REVOLUÇÃO
Francis Alÿs Ricochets
Com Virgínia Fróis, Maria Galego, Elvira Leite, Sofia Vitorino e moderação de Ana Bigotte Vieira
Ao longo das últimas duas décadas, Francis Alÿs viajou para mais de 15 países em todo o mundo para filmar jogos infantis – desde musical chairs (dança das cadeiras) no México a leapfrog (jogo do eixo) no Iraque, saltar à corda em Hong Kong e 1, 2, 3, Freeze! em Londres.
Apresentada em diálogo com uma vasta seleção de pinturas, esta instalação imersiva, com múltiplas telas, oferece a visão mais completa da série Children’s Games até ao momento. Capturando a universalidade e a criatividade do ato de jogar, a série destaca interações sociais que estão a desaparecer devido à rápida urbanização, à erosão das comunidades e ao crescente domínio do entretenimento digital.
A exposição Ricochetes de Francis Alÿs, em Serralves, é a inspiração para a programação da conversa ‘Crianças na Revolução’, pensada entre Ana Bigotte Vieira, curadora do projeto BRINCAR*, e os Serviços Educativo e de Artes Performativas do Museu de Serralves.
A propósito da exposição Ricochetes de Francis Alÿs e do ato de brincar como revolucionário, tem lugar uma mesa-redonda em que se abordam experiências artísticas com e para a infância ocorridas nos anos que rodeiam a Revolução de Abril de 1974. Uma conversa com precursoras da arte educação Virgínia Fróis, fundadora da Oficina da Criança de Montemor-o-Novo, ou Elvira Leite, referência na pedagogia artística e nos Serviços Educativos de museus um pouco por todo o país, em diálogo com Maria Galego e Sofia Victorino, procurando estabelecer uma ponte com a pedagogia artística atual.
* BRINCAR é um projeto de investigação histórica e artística que procura trabalhar sobre / e a partir de experiências artísticas e sociais ocorridos com / para a infância nos anos que rodeiam a REVOLUÇÃO de abril 74 e final séc. XX.
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Co-Investigadora Responsável do projeto FCT Archiving Theatre. Presentemente organiza, juntamente com João dos Santos Martins, Ana Dinger e Carlos Manuel Oliveira o programa e exposição, patente na Fundação Calouste Gulbenkian até 13 de janeiro de 2025, Dança Não Dança – arqueologias da nova dança em Portugal, VII edição do projeto Para Uma Timeline a Haver. Entre 2018 e 2023 fez parte da equipa de programação do Teatro do Bairro Alto, sendo responsável pela curadoria de discurso e edições. Investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea e colaboradora do Centro de Estudos de Teatro, a sua investigação tem incidido sobre a relação entre experimentalismo nas artes e as transformações culturais e urbanas. Licenciou-se em História Moderna e Contemporânea (ISCTE), especializando-se em Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias (UNL), e em Estudos de Teatro (UL). Foi Visiting Scholar no departamento de Performance Studies da NYU entre 2009 e 2012.
É cofundadora de baldio | Estudos de Performance e dramaturgista. A sua tese de Doutoramento, sobre a ação do Serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1984 e 1989, recebeu uma Menção Honrosa em História Contemporânea pela Fundação Mário Soares. Traduziu vários autores, sobretudo de teatro e filosofia, como Luigi Pirandello, Giorgio Agamben e Maurizio Lazzarato. Integra a Associação BUALA.